Jorge Jesus deixou Pablo Aimar de fora. Sem o mago argentino, este Benfica perde a capacidade de construir jogo ofensivo. Um dos principais factores para explicar a exibição dos encarnados pode passar por aí. A equipa não entrou bem. Foi uma partida em falso. E a perder: livre de Rui Duarte, desvio de César Peixoto aproveitado para o golo de Carlos Fernandes. Sofrer cedo é algo a que o Benfica não está habituado. Era necessário reagir, partir o quanto antes para o cerco à baliza de Ventura. Contudo, faltavam as ideias, faltava ligação e ganhava forma o número de passes errados. O Olhanense teve a primeira contrariedade aos vinte e seis minutos, com a expulsão de Djalmir. Dois minutos depois, veio a segunda, mais grave: o empate por Saviola.
Em vantagem numérica e de regresso ao ponto inicial, o Benfica teve uma oportunidade para assumir o jogo e modificar o que havia demonstrado até então. Era o que se esperava, aconteceu o contrário. Cinco minutos após o empate, novo livre de Rui Duarte, falha na defesa encarnada, desvio de Toy para a baliza de Quim. Eficácia quase total nos algarvios. O jogo entrara, entretanto, numa fase quezilenta, com inúmeras paragens e pouco espectáculo. Teve grande intensidade, disputa nos limites, mas pouco valor técnico. Aos encarnados pouca coisa corria bem: Di María foi expulso – ficou tudo igual, de novo – e Ramires lesionou-se. O relógio continuava o seu ritmo, o Olhanense estava sólido e coeso, o Benfica sem soluções para marcar. Nuno Gomes foi a última aposta, precisou de pouco tempo para ser decisivo. Do mal o menos!
Este Benfica já vimos com Quique Flores mau demais para ser verdade.